Como a Mandala Lunar pode ser um mapa sobre nós mesmas e apoiar no cultivo da nossa saúde mental e emocional. Por Chris Ganzo
Do que adianta ter “tudo” na vida se não tivermos saúde mental e emocional?
Às vezes, criamos confusões e transformamos o que era bom em coisa ruim, e ao invés de desfrutar as bênçãos recebidas na vida, ficamos arrastando correntes.
Aprender a se fazer feliz com a matéria mais vital de nossas vidas: o autoconhecimento através da auto-observação.
Aprender a se auto-observar é o primeiro passo do autocuidado. Contemplar e registrar nossas observações são o ponto de partida. Costumo dizer que o conhecimento é a base do autoconhecimento.
Uma maneira de se observar é fazendo boas perguntas para nós próprias:
O que eu desejo?
Como estou percebendo minhas emoções?
Para que desejo seguir sentindo isso?
É bom para mim agir assim?
O que eu aprendo com isso?
Essas são perguntas feitas por nossa consciência dirigidas à nossa inconsciência. Se realizarmos nossa investigação com a confiança de que nossa inconsciência vai apresentar as respostas é só uma questão de observar nossos sonhos, atos falhos, sintomas, pensamentos, emoções e comportamentos.
A escrita regular de nossas observações é fundamental na construção desse mapa de nossos tesouros pessoais. O distanciamento necessário para a confecção da escrita produz um ponto de observação de nossos eventos muito interessante. A regularidade tanto da contemplação quanto da própria escrita nos convida a três atitudes fundamentais no caminho da saúde emocional: disciplina na auto investigação de nossas emoções, pensamentos e comportamentos; coragem na escolha de nossas ações e vigor em acolher os resultados que a vida nos brinda.
A possibilidade de revisitar esses escritos se torna uma oportunidade de descobrir padrões de comportamento, pensamentos e emoções que se repetem de tempos em tempos.
A Mandala Lunar se torna um mapa emocional, um verdadeiro tesouro de conhecimentos e autoconhecimentos secretos, íntimos e inegociáveis. É a nossa memória por escrito que testemunha eventos que muitas vezes nossa consciência e até mesmo nossa inconsciência quer negar. Mas o registro está ali. Fiel e inabalável.
O autocuidado é uma função intransferível em nossas vidas como adultos, é a capacidade de reconhecer nossas necessidades e realizar ações curativas no sentido de nos protegermos e de nos desenvolvermos.
Ninguém é tão capaz quanto cada um de nós para a tarefa de sintonizar nossas necessidades e habilidades de encaminhar a solução ou o acolhimento de nossas vulnerabilidades. Cada uma de nós é a sua melhor cuidadora se estiver de posse do protagonismo de sua vida.
É com alegria que recomendo o registro emocional, sabendo o quão valioso significa investigar-se na construção de nossa autonomia emocional.
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Chris Ganzo trabalha com psicanálise há 38 anos, oferecendo trabalho emocional em atendimentos clínicos individuais e em grupos. Também escritora e autora do Método Curação®, em parceria com a médica Denise Aerts. Acompanhe seu trabalho aqui @chrisganzo
1 Comentários
Larah Beatriz
Que documentário valioso e maravilhoso 🌸✨