por Laísla Dantas Chagas
No início do século XIX, a partir da modernidade/racionalidade europeia, a medicina, por meio da anatomia, biologia e psiquiatria, começou a fornecer os argumentos necessários para justificar as demarcações morais da hierarquização dos seres humanos baseada na corporalidade. Estruturas, como o esqueleto e o sistema nervoso, que antes eram vistos como comuns aos dois sexos, passaram,[...]
por Laísla Dantas Chagas
“Mulher é bicho porque sangra, seu corpo é seu brasão, não deixa ninguém esquecer que somos todos animais, mas ela é um bicho estranho, por ter seu corpo reinterpretado pela cultura.
A menstruação, com todos os rituais que a acompanham, torna manifesta a dupla natureza da mulher, como ser cultural e animal ao[...]
por Laísla Dantas Chagas
Não é de hoje que novos debates e práticas, com o intento de ressignificar a menstruação, crescem e se tornam cada vez mais públicas, trazendo assim visibilidade a um processo natural e orgânico do corpo feminino, que podem ser vistos como uma celebração à ciclicidade, ou como um movimento de enfrentamento, praticado por muitas como “ativismo[...]
por Laísla Dantas Chagas
De início, contrações rítmicas involuntárias. A respiração fica ofegante. É cada vez mais difícil de cerrar os lábios. Algumas vocalizações fluem. Até que uma descarga explosiva de tensões neuromusculares ocorre no auge da resposta sexual, culminando em sentimentos diversos, eufóricos e, ao mesmo tempo, fugazes de intenso prazer vivenciados por um estado focalizado na consciência.
A partir[...]
por Laísla Dantas Chagas
Todas nós, enquanto sujeitos socioculturais, temos maneiras de sentir, interpretar, pensar e agir acerca dos processos fisiológicos do nosso corpo baseadas no sistema de símbolos e interações que faz parte de uma rede de significados, a qual estamos inseridas e que condicionam a nossa experiência.
Quando falamos da construção (e desconstrução) da experiência feminina, não podemos excluir[...]
Antes do calendário gregoriano ser implementado em toda a Europa e nas colônias a partir do séc. XVI, em todo o planeta se celebrava cada um dos solstícios e equinócios como portais de início ou fechamento de ciclos. A Páscoa em inglês, é chamada “easter”, de deriva de Ostara, festival pagão que celebra Eostre, a deusa celta da fertilidade –[...]
por Bruna Morais para a Mandala Lunar 2022
A Terra poderia muito bem ser chamada de Planeta Água, pois 70% da sua superfície é coberta por rios, lagos, cachoeiras e mares que, juntos, formam um só grande Oceano. A vida começou nele. A água salgada e o calor atmosférico externo literalmente incubaram a primeira forma de vida, como um grande[...]
Detestada por algumas e amada por outras, a menstruação faz parte do cotidiano mensal da maioria das mulheres durante algumas décadas da sua vida. Gostando ou não dessa vivência, o fato é que a soberania sobre nossos corpos passa, necessariamente, por este assunto.A gestão menstrual está diretamente ligada à autonomia e soberania sobre nossos corpos. No entanto, muitas de nós[...]
Por Cristine Takuá para a Mandala Lunar 2022
O atual modelo de sociedade em que estamos inseridos nos faz esquecer de quem realmente somos, não deixando espaço para olharmos para o fundo de nossa essência e atravessar as barreiras do desconhecido. Junto a isso, a imensa fonte de informações na qual estamos mergulhados, os maus hábitos alimentares, o egoísmo, o[...]
A chegada de um bebê transforma radicalmente a vida da mãe e requer grande reordenamento biopsicológico. Os desafios são inerentes ao período, conhecido como puerpério, e cada vez mais trazidos ao debate público pelas mulheres. Nesta entrevista, a psicóloga perinatal Camila Barros explica os temas que costumam aflorar com a chegada da maternidade.
Especializada em saúde mental da mulher e materna,[...]