Antes do calendário gregoriano ser implementado em toda a Europa e nas colônias a partir do séc. XVI, em todo o planeta se celebrava cada um dos solstícios e equinócios como portais de início ou fechamento de ciclos. A Páscoa em inglês, é chamada “easter”, de deriva de Ostara, festival pagão que celebra Eostre, a deusa celta da fertilidade – na nossa cultura representada por ovo e coelho, símbolos da fertilidade e da deusa.
Na antiga Europa, o solstício de inverno era celebrado como retorno do deus Sol. Em muitos lugares, fogueiras eram acesas para simbolizar o grande Sol e o retorno da luz. O fogo em uma noite fria e longa nos ajuda a recordar o valor do calor e da luminosidade, tanto na forma física quanto simbólica: a luz como consciência e o calor como afeto, alimento e a esperança da continuação da vida.
Assim, esses momentos chave da dança da Terra são verdadeiros portais onde podemos ritualizar, celebrar e colocar nossas intenções, integrando-nos à força e à beleza de toda a natureza. Ao celebrarmos e marcarmos esses momentos, conectamo-nos com a Terra e seus ciclos para agradecer pelo equilíbrio perfeito que ela nos oferece e pela abundância de vida que ela nos permite.
Os rituais geralmente são celebrados em comunidade, mostrando a força e a importância do coletivo para nossas vidas. No entanto, você também pode criar seus próprios rituais sozinha. Conecte-se com o que é sagrado para você, faça pequenos gestos com grande força interior. Eles não precisam parecer bonitos para os outros e têm mais força se forem feitos com coração e presença plenas, sem focar em registrar ou mostrar para outras pessoas.